{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Metrópoles", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/metropolesdf", "https://twitter.com/Metropoles" ], "logo": { "@type": "ImageObject", "@id": "/#logo", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "contentUrl": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "caption": "Metrópoles", "inLanguage": "pt-BR", "width": "2560", "height": "2560" } }, { "@type": "WebSite", "@id": "/#website", "url": "", "name": "Metrópoles", "publisher": { "@id": "/#organization" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "ImageObject", "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2023%2F10%2F20160518%2Findigenas-agencia-brasil.jpg", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2023%2F10%2F20160518%2Findigenas-agencia-brasil.jpg", "width": "1069", "height": "695", "caption": "foto colorida de indígenas com por do sol - Metrópoles", "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "WebPage", "@id": "/brasil/brasil-registrou-135-mil-casos-de-ists-entre-indigenas-em-10-anos#webpage", "url": "/brasil/brasil-registrou-135-mil-casos-de-ists-entre-indigenas-em-10-anos", "datePublished": "2025-06-14T02:00:12-03:00", "dateModified": "2025-06-14T09:17:04-03:00", "isPartOf": { "@id": "/#website" }, "primaryImageOfPage": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2023%2F10%2F20160518%2Findigenas-agencia-brasil.jpg" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "Person", "@id": "/author/maria-eduarda-portela", "name": "Maria Eduarda Portela", "url": "/author/maria-eduarda-portela", "sameAs": [ "https://twitter.com/https://twitter.com/dudaportelas" ], "worksFor": { "@id": "/#organization" } }, { "@type": "NewsArticle", "datePublished": "2025-06-14T09:17:04-03:00", "dateModified": "2025-06-14T09:17:04-03:00", "author": { "@id": "/author/maria-eduarda-portela", "name": "Maria Eduarda Portela" }, "publisher": { "@id": "/#organization" }, "@id": "/brasil/brasil-registrou-135-mil-casos-de-ists-entre-indigenas-em-10-anos#richSnippet", "isPartOf": { "@id": "/brasil/brasil-registrou-135-mil-casos-de-ists-entre-indigenas-em-10-anos#webpage" }, "image": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2023%2F10%2F20160518%2Findigenas-agencia-brasil.jpg" }, "inLanguage": "pt-BR", "mainEntityOfPage": { "@id": "/brasil/brasil-registrou-135-mil-casos-de-ists-entre-indigenas-em-10-anos#webpage" }, "articleBody": "Nos últimos 10 anos, o Brasil registrou mais de 13,5 mil casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) entre indígenas. Os dados, obtidos pelo Metrópoles via Lei de o à Informação (LAI), apontam que as ocorrências são mais frequentes entre mulheres e jovens. Ao todo, foram 13.563 casos registrados no Brasil entre 2015 e 2024, que resultaram em 119 óbitos. A série histórica indica que houve um salto de 83% nos diagnósticos entre 2017 e 2018 — que registrou o maior índice do período, com 2.299 casos confirmados. No ano ado, o total foi de 1.186, com uma ligeira queda em comparação a 2023, quando houve 1.293 ocorrências. Confira a evolução de casos ano a ano: Entre as infecções mais frequentes, estão a sífilis, a tricomoníase (IST causada por um protozoário, mais comum entre mulheres), hepatite e herpes. De acordo com o Ministério da Saúde, foram 2.966 casos de sífilis não especificada no período. A infecção é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode apresentar diferentes estágios. Em casos de gravidez, a doença pode trazer riscos à gestante e ao bebê, com possibilidade de causar má-formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. Houve 616 casos de complicações causadas por sífilis no parto, na gravidez e no puerpério, nos últimos 10 anos. Os dados indicam que a maioria das infecções ocorrem em mulheres — 8.131 dos 13.563, o que equivale a 60% dos casos. Outros 5.432 foram registrados em homens. Além disso, a frequência é maior entre indígenas jovens, de 15 a 44 anos, que somaram mais 9,8 mil diagnósticos confirmados em 10 anos. Em relação aos estados que mais registraram casos de ISTs em indígenas, o Amazonas aparece em primeiro lugar, com 4.750. Em seguida, vêm Mato Grosso do Sul (2.125), Roraima (914), Rio Grande do Sul (816) e Mato Grosso (697). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Amazonas é o estado com a maior concentração de população indígena, com 490.854 pessoas. No país inteiro, são 1.693.535 indivíduos. Outras unidades da federação também concentram uma população significativa, como Bahia (229.103), Mato Grosso do Sul (116.346), Pernambuco (106.634) e Roraima (97.320). Políticas desestruturadas A antropóloga Sílvia Guimarães, professora da Universidade de Brasília (UnB), afirma que, em governos anteriores, houve uma desestruturação muito grande da política indígena, com consequências também para as ações de controle de propagação dessas doenças dentro dos territórios. “Há toda uma desestruturação que aconteceu, cujas consequências estamos vivendo, e que exige investimento do Estado para controlar e promover, dentro das redes de atenção básica, diagnósticos precoces, promoção e prevenção. Isso porque muitas pessoas foram afetadas pela disseminação que ocorreu. Eu vejo isso como um momento de grande descontrole e invasão de territórios, que provocou essa desestruturação”, pontua a professora. Sílvia Guimarães destaca a importância de o governo federal disponibilizar equipes dentro da saúde multidisciplinares para criar pontes epistemológicas que forneçam serviços adequados. Ela ainda destaca que muitas doenças que adentram os territórios chegam em decorrência das invasões, como a ação de grileiros de terras e também de garimpeiros. “Mas essa dimensão das infecções caminha junto com essas invasões dos territórios, e isso também exige um olhar acurado. São muitas dimensões de adoecimentos que surgiram: fome, desnutrição, malária, doenças respiratórias e infecções sexualmente transmissíveis também se manifestaram”, finaliza a professora da UnB. Óbitos As infecções sexualmente transmissíveis foram a causa da morte de 119 indígenas nos últimos 10 anos. Do total, 72 foram relacionadas a infecções pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Outras 43 estão associadas a diferentes tipos de hepatite. A sífilis também é apontada como a causa de óbitos. O pico de mortes associadas a ISTs ocorreu em 2016, quando houve 19 registros. Em 2020, foram 18 casos. Desde então, o índice vem reduzindo, e atingiu o menor nível em 2023 e 2024 — 7 em cada ano. Confira a evolução: O Ministério da Saúde informou ao Metrópoles que os casos de ISTs entre povos indígenas tiveram uma queda de 38% entre 2019 e 2024, saindo de 1.939 para 1.186. Nesse mesmo período, houve uma redução nas mortes, de 15 para 7. A pasta pontuou ainda que a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), desde 2023, reforçou o enfrentamento de ISTs, com ampliação da vacinação e oferta de testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites. “A combinação de testagem, busca ativa e sensibilização tem garantido diagnóstico precoce. Entre 2023 e 2024, o Ministério da Saúde enviou aos DSEIs [Distritos Sanitários Especiais Indígenas] 461 mil testes para HIV, 376 mil para sífilis, 400 mil para hepatite B e quase 300 mil para hepatite C.” O Ministério da Saúde ressaltou que também houve um aumento na cobertura vacinal: Hepatite A (menores de 5 anos): de 89,5% para 92,2% Hepatite B: de 89,3% para 94,6% HPV (9 a 14 anos): de 73,2% para 89,5% Receba notícias de Brasil no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta ar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta ar o canal de notícias no Telegram.", "keywords": "Saúde, povos indígenas", "headline": "Brasil registrou 13,5 mil casos de ISTs entre indígenas em 10 anos", "locationCreated": { "@type": "Place", "name": "Brasília, Distrito Federal, Brasil", "geo": { "@type": "GeoCoordinates", "latitude": "-15.7865938", "longitude": "-47.8870338" } } } ] }Brasil registrou 13,5 mil casos de ISTs entre indígenas em 10 anos | Metrópolesbody { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Brasil registrou 13,5 mil casos de ISTs entre indígenas em 10 anos

Dados inéditos, obtidos por meio da Lei de o à Informação, apontam que a maior parte dos casos ocorre entre mulheres e jovens

atualizado

metropoles.com

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Marcelo Camargo/ Agência Brasil
foto colorida de indígenas com por do sol - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de indígenas com por do sol - Metrópoles - Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Nos últimos 10 anos, o Brasil registrou mais de 13,5 mil casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) entre indígenas. Os dados, obtidos pelo Metrópoles via Lei de o à Informação (LAI), apontam que as ocorrências são mais frequentes entre mulheres e jovens.

Ao todo, foram 13.563 casos registrados no Brasil entre 2015 e 2024, que resultaram em 119 óbitos. A série histórica indica que houve um salto de 83% nos diagnósticos entre 2017 e 2018 — que registrou o maior índice do período, com 2.299 casos confirmados. No ano ado, o total foi de 1.186, com uma ligeira queda em comparação a 2023, quando houve 1.293 ocorrências.

Confira a evolução de casos ano a ano:

Entre as infecções mais frequentes, estão a sífilis, a tricomoníase (IST causada por um protozoário, mais comum entre mulheres), hepatite e herpes. De acordo com o Ministério da Saúde, foram 2.966 casos de sífilis não especificada no período. A infecção é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode apresentar diferentes estágios.

Em casos de gravidez, a doença pode trazer riscos à gestante e ao bebê, com possibilidade de causar má-formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. Houve 616 casos de complicações causadas por sífilis no parto, na gravidez e no puerpério, nos últimos 10 anos.

Os dados indicam que a maioria das infecções ocorrem em mulheres — 8.131 dos 13.563, o que equivale a 60% dos casos. Outros 5.432 foram registrados em homens. Além disso, a frequência é maior entre indígenas jovens, de 15 a 44 anos, que somaram mais 9,8 mil diagnósticos confirmados em 10 anos.

Em relação aos estados que mais registraram casos de ISTs em indígenas, o Amazonas aparece em primeiro lugar, com 4.750. Em seguida, vêm Mato Grosso do Sul (2.125), Roraima (914), Rio Grande do Sul (816) e Mato Grosso (697).

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Amazonas é o estado com a maior concentração de população indígena, com 490.854 pessoas. No país inteiro, são 1.693.535 indivíduos. Outras unidades da federação também concentram uma população significativa, como Bahia (229.103), Mato Grosso do Sul (116.346), Pernambuco (106.634) e Roraima (97.320).

Políticas desestruturadas

A antropóloga Sílvia Guimarães, professora da Universidade de Brasília (UnB), afirma que, em governos anteriores, houve uma desestruturação muito grande da política indígena, com consequências também para as ações de controle de propagação dessas doenças dentro dos territórios.

“Há toda uma desestruturação que aconteceu, cujas consequências estamos vivendo, e que exige investimento do Estado para controlar e promover, dentro das redes de atenção básica, diagnósticos precoces, promoção e prevenção. Isso porque muitas pessoas foram afetadas pela disseminação que ocorreu. Eu vejo isso como um momento de grande descontrole e invasão de territórios, que provocou essa desestruturação”, pontua a professora.

Sílvia Guimarães destaca a importância de o governo federal disponibilizar equipes dentro da saúde multidisciplinares para criar pontes epistemológicas que forneçam serviços adequados. Ela ainda destaca que muitas doenças que adentram os territórios chegam em decorrência das invasões, como a ação de grileiros de terras e também de garimpeiros.

“Mas essa dimensão das infecções caminha junto com essas invasões dos territórios, e isso também exige um olhar acurado. São muitas dimensões de adoecimentos que surgiram: fome, desnutrição, malária, doenças respiratórias e infecções sexualmente transmissíveis também se manifestaram”, finaliza a professora da UnB.

Óbitos

As infecções sexualmente transmissíveis foram a causa da morte de 119 indígenas nos últimos 10 anos. Do total, 72 foram relacionadas a infecções pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Outras 43 estão associadas a diferentes tipos de hepatite. A sífilis também é apontada como a causa de óbitos.

O pico de mortes associadas a ISTs ocorreu em 2016, quando houve 19 registros. Em 2020, foram 18 casos. Desde então, o índice vem reduzindo, e atingiu o menor nível em 2023 e 2024 — 7 em cada ano.

Confira a evolução:

O Ministério da Saúde informou ao Metrópoles que os casos de ISTs entre povos indígenas tiveram uma queda de 38% entre 2019 e 2024, saindo de 1.939 para 1.186. Nesse mesmo período, houve uma redução nas mortes, de 15 para 7.

A pasta pontuou ainda que a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), desde 2023, reforçou o enfrentamento de ISTs, com ampliação da vacinação e oferta de testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites. “A combinação de testagem, busca ativa e sensibilização tem garantido diagnóstico precoce. Entre 2023 e 2024, o Ministério da Saúde enviou aos DSEIs [Distritos Sanitários Especiais Indígenas] 461 mil testes para HIV, 376 mil para sífilis, 400 mil para hepatite B e quase 300 mil para hepatite C.”

O Ministério da Saúde ressaltou que também houve um aumento na cobertura vacinal:

  • Hepatite A (menores de 5 anos): de 89,5% para 92,2%
  • Hepatite B: de 89,3% para 94,6%
  • HPV (9 a 14 anos): de 73,2% para 89,5%

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?